No post desta semana, Lugui Tillier, CCO da Lumx Studios, escreve sobre as novas oportunidades de negócios da web3.
Olá, amigos digitais, todos bem?
É um prazer imensurável estar com vocês aqui hoje!
Pra quem não me conhece, sou o Lugui Tillier – CCO da Lumx Studios.
Lumx é uma empresa que, via consultoria + tecnologia própria, permite com que marcas entrem e naveguem pela Web3 da maneira mais apropriada possível.
Depois vale dar uma olhada nos nossos cases com a Reserva e com a Ambev 🙂
Bom, agora que estamos devidamente apresentados, bora pro papo?
Primeiro de tudo, que diabos é Web3?
De maneira simples: Web3 é “só” mais uma maneira de se construir na internet. O “só” não tem como objetivo menosprezar, mas sim, racionalizar.
Aprofundando um pouco mais: Web3 diz respeito a um movimento mais amplo de aplicações digitais sendo construídas em cima da blockchain.
A relevância disso tudo está no fato de que pela primeira vez podemos criar escassez digital e trabalhar com o conceito de propriedade privada digital.
Aqui vale você parar um pouco e refletir. “escassez digital” e “propriedade privada digital”.
Obs.: Não. O seu dinheiro no banco não é propriedade 100% privada. Lembram de quando o Collor confiscou a poupança de todo mundo há 30 anos? Pois é! Foi por essas e por outras que Satoshi cunhou a blockchain e o Bitcoin em 2008 e agora esse movimento vem se expandindo além do setor financeiro.
Grande parte do brilho está nesse conceito.
Além disso, a escassez digital não diz respeito a um item acabar no seu e-commerce. Isso é uma escassez física representada no mundo digital. Estamos literalmente falando de propriedade digital e escassez de propriedade digital aqui.
Eu sei que confunde haha. Demorei duas semanas pra me conformar com isso quando ouvi pela primeira vez.
Uma dica: entender Bitcoin ajuda a entender muito a Web3. O que o Bitcoin é para o sistema financeiro, a Web3 é para todos os setores existentes.
Web3 é um jogo de soma e não de substituição:
Outra linha de pensamento que ajuda muito a compreender a Web3 é entender que ela não é necessariamente uma substituta da Web2.
Mais uma vez: é “só” mais uma maneira de se construir no mundo digital.
Em algumas ocasiões, a Web3 será a maneira mais eficiente e em outras não.
A grande questão é que agora você pode optar por ela também.
A imagem a seguir exemplifica bem isso. O show no Metaverso nunca irá substituir a experiência do show físico, mas agora ele é uma possibilidade complementar e que traz diferentes resultados.
Uma analogia interessante é comparar o movimento da Web3 com o boom dos apps que tivemos há alguns anos.
Apesar de revolucionários, apps não são eficientes para todos os tipos de empresa. Ter um app não te impede de ter um site, por exemplo. Apps começaram como um plus e hoje em dia são essenciais para muitas empresas e modelos de negócio. Junto com o crescimento dos apps, começaram a surgir áreas e empregos focados só neles.
Antes de disruptar, apps apenas replicavam o que já dava para fazer sem eles. A curva de aprendizado e evolução é similar a outras tecnologias disruptivas.
Exemplos:
Já tem tempo que a atenção do consumidor vem convergindo para o digital e, justamente no meio do boom dessa migração cultural, demos de cara com uma “nova” infra poderosa e capaz de revolucionar esse movimento.
Antes, quando falávamos de blockchain, o centro das atenções era o Bitcoin e o mercado financeiro. Agora passa a ser tudo.
Todos os setores serão impactados pela blockchain, pelos NFTs, por crypto e pela Web3 no geral. Cabe a nós identificar COMO isso irá acontecer.
Pra dar uma luz nessa busca, trouxe aqui alguns exemplos de setores que já vem sendo disruptivos pela Web3 de uma maneira mais profunda:
Rewards:
Programas de loyalty e membership vem sendo um dos meios mais explorados e disruptados pela Web3.
A Reserva, por exemplo, lançou uma coleção de 498 NFTs focados em criar um membership Web3. Além do acesso a roupas e descontos exclusivos, os holders dos NFTs da Reserva também têm acesso a eventos, ao time da Reserva e a futuros lançamentos da marca.
Starbucks é outra marca que vem apostando forte nesse movimento de rewards via tokens na blockchain. Ainda não temos muitas informações, mas o projeto já foi anunciado pela marca!
Conexões digitais:
O Metaverso é um monstro que veio para ficar. Uma das maiores apostas do mercado é que o Metaverso seja o futuro do engajamento digital humano. O que fazemos hoje via Zoom e Instagram, por exemplo, irá migrar para um mundo digital mais imersivo e será abraçado pelas gerações mais jovens.
E pela magnitude da extensão do Metaverso, aguardem uma mudança radical no e-commerce (lojas virtuais), no mundo do entretenimento (shows virtuais), no mundo da publicidade (anúncios dentro dos mundos virtuais) e no mundo da moda (roupas virtuais).
Moda:
E falando em moda, esse é um dos setores mais avançados em toda essa disrupção. Nike, Adidas e Puma já pularam de cabeça nos NFTs, por exemplo.
Dessas três a Nike é com certeza a marca mais avançada. Além de uma coleção focada em membership Web3 de sucesso, a Nike já lançou algumas dezenas de peças físicas de roupa via NFTs.
Outra marca que merece uma menção honrosa no mundo da moda é The Fabricant, co-fundada pela brasileira Adriana Pereira.
Esportes:
Por fim, mas não menos importante, o setor dos esportes é um outro que já está sendo fortemente impactado. Além do use case mais básico que é a tokenização de ingressos, também estamos acompanhando a descentralização dos clubes de futebol.
O WAGMI United é um grande exemplo disso. WAGMI é um time da quarta divisão inglesa de futebol que lançou 10.000 NFTs que dão poder de governança aos torcedores. Sendo assim, ao ser um holder, os torcedores, além de terem acesso a todos os jogos + uniformes gratuitos, podem votar, por exemplo, nas futuras contratações do time e no design do terceiro uniforme.
Deu pra ter uma noção da magnitude disso tudo? E olha que eu só trouxe quatro exemplos aqui! Música, games, redes sociais, etc TODOS serão impactados de alguma forma pela Web3.
Considerações finais:
Um super obrigado a todos que chegaram até aqui e espero ter sido capaz de estimular um pensamento mais profundo sobre a Web3 em vocês.
Vivemos um momento onde não vale a pena tentar compartilhar o caminho do ouro porque ele será diferente para cada um.
Mas se vocês aprenderem a enxergar e a pensar em Web3, esse caminho ficará cada vez mais claro e evidente.
Bem-vindos às expedições da Web3. Vocês acabaram de entrar em mar aberto.
