Correspondente em Paris
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Esta semana nosso blog é referente a um convidado super especial que esteve na NFT Paris. Ele preparou os principais highlights e suas percepções do que viu e ouviu durante o evento. Esperamos que aproveitem o conteúdo.
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“Minha missão é inspirar marcas a abraçar novas tecnologias e ultrapassar limites com elas. Lidero projetos transformacionais para Empresas como Bosch, Migros, Swatch ou Vodafone e meus produtos digitais são usados por centenas de milhares de pessoas todos os dias. Sou membro da ADC, palestrante em congressos digitais e publico sobre digitalização, Web3, sustentabilidade e o futuro do design.” Burkhard Müller- Chief Digital Officer da Mutabor
Há pouco menos de um ano, o entusiasmo inicial em torno dos NFTs chegou ao fim. Os preços das criptomoedas despencaram e o comércio de NFTs diminuiu significativamente. Portanto, foi particularmente emocionante ver se surgiram soluções nesse meio tempo com potencial para atingir um público de massa. O NFT precisa de um impulso do ChatGPT.
Foi impressionante a quantidade de tomadores de decisões de marcas presentes no palco e também na plateia. Marcas automotivas, de moda e lifestyle estiveram particularmente representadas e discutiram seus primeiros projetos e estratégias. Tim Walther, do Grupo Volkswagen, foi direto ao ponto: “Atualmente, o mercado ainda é pequeno, muito pequeno. Ele precisa de um impulso como o ChatGPT acabou de ter.
CINCO TENDÊNCIAS EMERGIRAM NOS PAINÉIS, BATE-PAPOS E PALESTRAS:
1 – Comércio Imersivo, Experiências imersivas, dispositivos vestíveis digitais e colecionáveis até agora têm sido principalmente em jogos, onde são um mercado enorme. Experiências de compras imersivas têm o potencial de ser a próxima grande novidade no comércio digital: eventos de compras ao vivo, lojas virtuais, showrooms, junto com pessoas que pensam como você. Você pode conversar e os produtos digitais e físicos são apresentados em vitrines virtuais , opcionalmente fechado por NFTs… e tudo sem limites físicos para arquitetura. Lacoste e H&M já assumiram a liderança aqui. As grandes casas de moda estão atualmente trabalhando em estratégias para monetizar suas marcas em seu próprio mundo imersivo. A propósito, Journee é um dos líderes globais de mercado para tais soluções na Alemanha, então por que tão poucas pessoas estão falando sobre isso?
2 – Todo produto físico que luta contra o plágio pode mapear um processo seguro por meio da tecnologia blockchain e NFT. Com sua marca de luxo 9dcc, a Gmoney mostra como esse princípio pode ser gamificado. Cada camisa 9dcc está vinculada a um NFT, que comprova sua autenticidade, e possui um chip NFC integrado com o qual qualquer pessoa que encontrar o dono da camisa poderá coletar um NFT – como prova de que se encontraram. Para Gmoney, o futuro de sua marca reside em conectar pessoas no mundo real e imortalizar seus encontros na blockchain. Isso cria uma comunidade em torno da marca e de todas as pessoas que interagem com ela.
3 – Produtos com história. Um desafio das equipes de marketing (online) sempre foi o fato de serem um centro de custo dentro da organização: elas geram custos primeiro. A contribuição para o sucesso geral só pode ser quantificada com alguma distância, e mesmo com precisão. Benoit Pagotto (co-fundador da RTFKT) explicou em seu painel que, no futuro, as marcas de moda não apresentarão mais apenas uma coleção e venderão um mundo de experiências.
Como é uma coleção de moda quando você não tem limites? Não só os wearables precisam ser vendidos. A RTFKT fornece o projeto com sua colaboração RIMOWA. Além do produto real, a mala, existe um colecionável digital, um pequeno robô ou Workerbot, com uma quantidade maior por um preço menor. O produto é a campanha, a campanha é o produto. No passado, o Workerbot teria sido uma campanha de mídia social em que as pessoas pensariam, cuidadosamente, se deveriam gastar dinheiro com isso ou se a mala não era suficiente. Aqui, contribui, adicionalmente, para a criação de valor. O colecionável digital tem valor para o comprador porque é limitado e porque a tecnologia blockchain permite que ele seja uma chave para futuros produtos ou conteúdos exclusivos, por exemplo. Marcas estabelecidas não precisam, necessariamente, criar esse mundo elas mesmas. Projetos NFT bem-sucedidos como DegenToonz (https://degentoonz.io) estão procurando ativamente marcas para colaborar. Deadfellaz (https://www.deadfellaz.io) e Wrangler já estão fazendo isso juntos com sucesso.
4 – Sustainable Sampling Verbal da AMBUSH vê uma grande oportunidade no NFT e na moda digital, além das experiências em “sampling sustentável”. A produção sustentável de produtos de teste que por enquanto só existem digitalmente, são oferecidos a uma comunidade amiga da inovação e só são produzidos fisicamente quando uma necessidade real é comprovada. A The Fabricant (https://www.thefabricant.com) é uma casa de moda inteira que também se concentra nessa tendência. Eles estimam que em 2 anos 50% dos clientes de moda também comprarão moda digital.
5 – (Mini-)Gaming Um destaque foi o Fireside Chat de Farokh (RugRadio) e Yuga Labs (Bored Ape Yacht Club) Greg Solano. O NFT é uma economia de atenção, você precisa criar engajamento constantemente. Este ano, eles estãobuscando como gerar engajamento com uma experiência de alta qualidade. Com o minijogo DookeyDash, a Yuga Labs tem obtido sucesso: sua comunidade tem jogado constantemente nas últimas semanas, compartilhando conteúdo nas redes sociais e crescendo 40%. Eles também compartilharam uma dica: comece com algo divertido e absurdo e desenvolva uma experiência amorosa e de alta qualidade a partir daí: no caso deles, uma piada de cocô. Um destaque pessoal foi a performance artística de Tom Sachs.
Os visitantes da conferência podem se tornar parte de sua Rocketfactory em uma entrevista e obter um passaporte como NFT em troca. Uma ótima lembrança e, nas próximas semanas, você poderá trocá-la por outra NFT. Onde há um ano eram principalmente técnicos e artistas nos palcos, agora são grandes marcas internacionais. Eles o reconhecem como um mercado para o futuro que ainda está em sua infância. As marcas, portanto, não contam com campanhas curtas de relações públicas e ideias de premiação, mas com estratégias sustentáveis de longo prazo. Quem começa agora, investe no futuro e sai na frente em conhecimento, construção de marca e fidelização de clientes.
Até o próximo post!